Do Acre para Europa. Esta foi a trajetória do lateral-direito Rodrigo Galo, ex-Juventus-AC, que tem se destacado no futebol europeu. Aos 27 anos, o jogador que nasceu em Rio Branco atua na Série A do Campeonato Grego e atualmente é um dos principais jogadores do elenco do Panetolikos.
Morando em Agrinio, na Grécia, o atleta concedeu entrevista ao GloboEsporte.com através de uma rede social. Durante a conversa, falou da carreira, das dificuldades que enfrentou para realizar seu sonho e dos planos para este ano.
Rodrigo Galo iniciou a carreira no futsal, aos 14 anos, quando ainda cursava o ensino fundamental. Em 2001, fez os primeiros testes no campo e passou a integrar a equipe infantil do Juventus. Durante aquele período conciliou o futebol de salão, pelo Colégio Dom Pedro, com o de campo pelo Juventus. E foi assim até os 17.
- O amor pelo esporte puxei do meu pai, Antônio Carlos Montezuma Brito, que era jogador e sempre me levava às partidas. Joguei no Juventus até os 17 anos com o professor Illimani Suares, que foi quem ajudou no meu desenvolvimento técnico - afirma.
Ser um jogador profissional parecia um sonho distante do garoto, mas o destino lhe reservava uma surpresa. Em 2004, a família do atleta se mudou para Florianópolis e o pai, maior incentivador de Rodrigo, o levou para fazer testes no Avaí.
- Aos 18 anos, comecei nos juniores do Avaí. Em 2007, passei para o profissional. Joguei por um ano e meio lá e, em 2008, fui selecionado por olheiros do Gil Vicente, de Portugal. Em 2011, assinei com o SC Braga por quatro anos, mas fui emprestado ao Gil - explica.
E foi no clube português que Rodrigo viveu a fase mais marcante na profissão. Sua equipe conseguiu subir para a primeira divisão do Campeonato Português e disputou a inédita final da Taça da Liga de Portugal.
Em 2012, o lateral foi emprestado ao Acadêmica de Coimbra, também de Portugal, e após uma temporada na equipe recebeu propostas para um novo desafio: jogar na Série A do Campeonato Grego, pelo Panetolikos.
Fora do país, Rodrigo teve que aprender outros idiomas e conviver com outras culturas, mas o atleta afirma que tudo valeu a pena e que o amadurecimento também influenciou o seu desempenho no futebol.
- É difícil ficar longe da família e ter outros costumes. Em Portugal foi mais fácil, por causa da língua. Aqui na Grécia, em todos aspectos, é totalmente diferente. Superei todas as dificuldades pelo esporte e esta mudança também veio para dentro do campo. Aprendi muito em todos time que passei - ressalta.
O Campeonato Grego termina em maio e, até agora, Rodrigo foi eleito o melhor lateral-direito da competição. O contrato com o time grego vai até 2014 e ele afirma que pretende continuar jogando na Europa.
- Não me arrependo de nada. Fiz bons campeonatos em todos os clubes que passei, em alguns tivemos grandes conquistas. Por enquanto fico na Europa. Aqui sou mais reconhecido do que no Brasil, mas claro que estou sempre aberto a propostas, pois o futebol brasileiro é bem valorizado atualmente - conclui.
fonte g1
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